Você já se pegou comendo algo sem nem perceber? Ou terminou um pacote de biscoitos sem lembrar da última mordida? Comer por impulso não é um fracasso de força de vontade, mas um reflexo de como sua mente e corpo estão tentando lidar com emoções e necessidades não atendidas. Neste artigo, vamos entender como funciona esse comportamento e quais passos você pode dar para retomar o controle sobre suas escolhas alimentares.
O ato de comer impulsivamente é mais complexo do que parece. Ele pode ser desencadeado por diversos fatores.
As emoções não processadas, por exemplo, como ansiedade, estresse, tristeza ou até tédio são grandes gatilhos. A comida acaba funcionando como um “escape” momentâneo.
As dietas restritivas, que levam à privação alimentar, podem deixar seu corpo em estado de alerta, levando a episódios de compulsão como resposta à fome emocional.
O cansaço e falta de sono também podem ser gatilhos, pois quando o corpo está cansado, ele busca energia rápida, geralmente em alimentos ricos em açúcar ou gordura.
A falta de conexão com o corpo também é uma armadilha. Vivemos em um mundo acelerado e muitas vezes ignoramos sinais básicos de fome e saciedade, comendo de forma automática.
Com tantos elementos de confusão que interferem na nossa fome e no nosso consumo alimentar, fica difícil diferenciar quando a fome é física, ou seja, é o nosso corpo pedindo nutrientes, ou emocional, quando é a cabeça e as emoções que pedem algo específico.
Aprender a diferenciar os dois tipos de fome é um dos primeiros passos para quebrar o ciclo da compulsão.
Enquanto a fome física chega aos poucos, pode ser saciada com qualquer comida, não traz culpa ou arrependimento e paramos de comer quando ficamos satisfeitos, a fome emocional surge de repente, precisamos de alimentos específicos para saciá-la, geralmente após comermos sentimos culpa e continuamos a comer mesmo quando já estamos cheios.
Agora que já deu para ter uma boa ideia do que causa o comer compulsivo, vamos a algumas estratégias práticas para evitá-lo:
- Identificar os gatilhos
Mantenha um diário alimentar para rastrear momentos em que você come por impulso. Anote o que estava sentindo antes de comer. Reconhecer padrões é o primeiro passo para quebrá-los. - Praticar a escuta atenta do corpo
Antes de comer, pergunte-se está com fome ou se quer aliviar alguma emoção. Se for a segunda opção, explore outras formas de lidar, como respirar profundamente, ouvir música ou sair para uma caminhada. - Criar um ritual antes de comer
Ao invés de comer diretamente, experimente beber um copo d’água ou fazer três respirações profundas. Isso dá ao cérebro tempo para processar se você realmente precisa daquela comida. - Organizar o ambiente alimentar
Mantenha alimentos mais nutritivos e de fácil acesso, enquanto dificulta o acesso a opções menos saudáveis. Não se trata de proibição, mas de facilitar boas escolhas. - Trabalhar sua relação com a comida
Abandone a ideia de “alimentos proibidos”. Todos os alimentos têm espaço em uma alimentação equilibrada. Quanto mais você restringir, maior será a chance de episódios de compulsão. - Busque apoio profissional
Trabalhar o comportamento alimentar é uma jornada de autoconhecimento. Com o suporte certo, você pode aprender a ouvir seu corpo, gerenciar emoções e criar uma relação saudável com a comida.
É importante entender que comer por impulso não define quem você é e não tem a ver com o caráter. É uma resposta ao que o corpo e a mente estão pedindo, muitas vezes de forma inconsciente. Trabalhar essa relação é um ato de autocuidado, e não de punição.
Se você está cansado de viver no ciclo de culpa e deseja criar uma relação mais saudável e intuitiva com a alimentação, meu programa de acompanhamento pode ser o próximo passo para você. Vamos trabalhar juntos para transformar sua relação com a comida de dentro para fora.
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